Igreja de Santo Antônio - Rafael Godeiro


    A Igreja de Santo Antônio dos Pobres localiza-se na Avenida Benedito Julião de Medeiros S/N, centro da cidade de Rafael Godeiro/RN, totalmente legalizada, por meio de Escritura Pública de Cessão de Herança, por parte do Outorgante Cedente o Sr. José Paulo de Oliveira ao Outorgado Cessionário, o Glorioso Santo Antônio, representado pelo Pe. Agostinho Bohlen, assinado em público no primeiro Cartório Judiciário do Sr. Raimundo Antenor da Silva, no dia 19 de janeiro de 1948 na cidade de Patu/RN.






A medida do terreno equivale a área de 3.025 m2, ou seja, são 55 m de frente, por 55 m de fundo.
A medida do templo corresponde a área de 258 m2, ou seja, são 8,80 m de largura, por 29,32 m de comprimento.
A atual Igreja de Santo Antônio está descrita conforme paredes de alvenaria, cobertura de telhas de cerâmica, com forro de PVC, piso de mosaico colorido, bancada de madeira, portas e janelas de ferro, ventiladores de parede, sino, altar de mármore, ambão de mármore, Sacrário dourado, imagens de gesso, iluminação elétrica, entre outros.

Como a Igreja Está Sendo Usada no Cotidiano?

Atualmente, a Igreja conta com a presença de um sacerdote, pelo qual celebra mensalmente a Santa Missa na primeira sexta-feira de cada mês entre outras celebrações eucarísticas de 7º/30º dia de falecimento, celebração da palavra, reuniões, encontros e as celebrações sacramentais, como também funciona os grupos de Evangelização, e as Pastorais Catequéticas do Batismo, da Crisma, da Primeira Eucaristia; as Pastorais do Dízimo e da Criança; os Movimentos e Serviços, no que concerne a Legião de Maria, o Apostolado da Oração, o Terço dos Homens da Mãe Rainha, o M.C.P- Movimento e Comunidades Populares, o Grupo de Adoração ao Santíssimo, em fim, todos os grupos envolvidos na nossa Igreja.
                          Vale salientar que em 2009 foi construído o salão comunitário ao lado da Igreja, um espaço em torno de 70 m2, destinado a reuniões, encontros, entre outras finalidades, cuja a construção teve início ainda sob a administração do Pe. Ricardo Rubens F. de Carvalho, Pároco de Almino Afonso, na época, e concluído sob a administração do Pe. Possídio Lopes dos santos Neto, pároco de Patu, nesse mesmo período.
Em suma, a última e grande reforma da Igreja, foi realizada em 2011, sob a administração do então Pe. George Lourenço dos Santos, MSF, onde na ocasião ocorreu algumas mudanças, como por exemplo, foi retirada a parede central da Sacristia, tornando-se um espaço único, como é atualmente; foram colocados novos ventiladores de parede, substituindo os antigos ventiladores de teto; ganhou nova iluminação elétrica; mudou-se a estrutura na parte do sacrário, ao ser trabalhado uma faixa no sentido vertical sobre a parede interna ou anterior do altar, como também foi colocado a luz do Santíssimo, etc. Houve mudanças também quanto aos novos locais das Santas Imagens e o espaço do Senhor Morto. Também foi incluído nesta reforma a grande pintura.
Atualmente, está a frente da nossa Igreja, o Pe. George Lourenço, MSF, (Paróquia de Almino Afonso/RN), desde o mês de janeiro de 2011.

Santo Antônio e o Sentido do Sugestivo Título de “Pobre” no Seio Comunitário.
                         
 A princípio, sabemos que o glorioso Santo Antônio foi um pobre que soube viver a comunhão com Deus, nosso pai, no serviço aos irmãos. As virtudes evangélicas, especialmente a pobreza em espírito, foi tema constante de sua pregação.
Quanto à veneração de Santo Antônio dos pobres no âmbito comunitário, este título foi escolhido por Pe. Agostinho Bohlen, o qual conhecia uma imagem de santo Antônio que tinha este sugestivo título, e junto aos Pés de santo Antônio, encontra-se a figura de um mendigo sendo auxiliado por ele, dando assim maior prova de seu amor pelos necessitados. O fato justifica-se pelo pão de santo Antônio se constituir numa prova e num compromisso com os menos favorecidos, ou seja, com santo Antônio, encontra-se o pão para o corpo e saúde dos pobres e necessitados.
                          Em suma, as contribuições do Pe. Agostinho Behlen foram de grande relevância para o nosso meio, pois ele tinha um forte carisma tanto pelo nosso povo, quanto por Santo Antônio. Ele contribuiu para que o Distrito de Várzea da caatinga fosse denominado de Várzea de Santo Antônio, numa justa homenagem ao nosso Padroeiro. Pe. Agostinho adquiriu a imagem de Santo Antônio de Pádoa, como sendo uma importância reconhecida pelos nossos entes.
                          Portanto, o sugestivo título de “pobre”, segundo Pe. Agostinho, foi inspirado na vida simples de seu povo, ou seja, nas condições socioeconômicas de nossa comunidade, numa época de extremas dificuldades de sobrevivência humana.

CARACTERÍSTICAS LOCAIS


O atual município de Rafael Godeiro está localizado na Mesorregião do Oeste Potiguar, possivelmente na microrregião de Umarizal, contendo uma área geográfica estimada em 100 km2, limitando-se ao norte com o município de Olho D`água do Borges, ao leste e sudeste com Patu, ao Sul e sudeste com Almino Afonso e ao oeste com Umarizal. O município distancia-se cerca de 318 quilômetros de natal, capital Potiguar, contando com uma população em torno de 3.080 habitantes, distribuídos entre o espaço urbano e mais 32 comunidades rurais; apresentando uma densidade de 30,8 hab/km2.
O município situa-se entre as latitudes de 6º (seis graus) em torno dos extremos paralelos(s), e as latitudes de 37º (trinta e sete graus) em torno dos extremos meridianos (a oeste de Greenwith).
Quanto a forma de relevo, sua superfície compreende a depressão sertaneja, apresentando terrenos com irregularidades, e altitudes médias, equivalente a 200 m, cercado por morros, montes, várzeas, riachos, lagos, e com presença de solos rasos, pobres, pedregosos e ressequidos, que dificulta a prática da agricultura e pecuária de subsistência, sendo também marcado pelo clima tropical semiárido, característico do sertão nordestino, com precipitações pluviométricas anuais inferiores a 800 mm e temperaturas elevadas, acima de 28º Celcius.
A vegetação predominante nesse meio é a Caatinga, típica do sertão nordestino, com plantas xerófilas, características de climas secos e desflolhadas durante a estiagem.
Fatores físicos e biológicos combinados com a forma de relevo, os tipos de solo, clima e vegetação, comprometem o nosso conjunto faunístico e florístico tornando-o bastante pobre, como sendo estas, algumas das características presente no nosso habitat.

A ORIGEM DO NOME VÁRZEA DA CAATINGA/AS FAMÍLIAS DE ORIGEM DA COMUNIDADE

Historio graficamente, a origem do nome Várzea da Caatinga, deriva-se pelo fato do povoado ter surgido sobre um terreno baixo e semi-plano, por onde margeia um riacho-daí o significado de Várzea, e concomitantemente por se tratar de uma área com presença de plantas arbustivas, cactáceas (xerófilas)-a Caatinga, que no idioma (tupi-Guarani) siginifica, mato ralo ou mato de coloração acinzado.
Portanto, a partir desse duplo significado, o topônimo de várzea da Caatinga foi inspirado nos próprios aspectos físicos locais, ou seja, em alusão a forma de relevo na qual se situa a comunidade e nas espécies de plantas nativas e desfolhadas, simbólicas do próprio habitat.
Em suma, a denominação de Várzea da Caatinga permaneceu no âmbito político desta comunidade, até o ano de 1967, quando o atual município passou a ser denominado de Rafael Godeiro, em homenagem ao Prefeito Patuense, na época, o Sr. Rafael Godeiro, o qual contribuiu com a criação do Distrito.

As Famílias de Origem da Comunidade

 Quanto as famílias de origem do município, as quais são: a família Paiva, a qual é a mais numerosa da comunidade e região; a família Lopes e a família Paulo.
A família Cortez descende do Sr. Nicolau Cortez (Italiano de origem), o qual chegou ainda jovem, por volta do século XIX, sobre as terras da comunidade de Maniçoba, neste município, quando o mesmo era Distrito de Patu, tendo constituído famílias.
A família Elias, descende do Sr. João Elias, natural do Estado do Amazonas, o qual chegou a ocupar primeiramente o território de Martins, e posteriormente alcançou a comunidade de Várzea da Caatinga, por volta do século XIX, constituindo famílias. 
Portanto, o nosso povo descende principalmente do entrecruzamento dessas entre outras famílias.

Compreendemos que a história é a razão do presente e o rumo para o nosso futuro, é a memória da humanidade, pela qual conhecemos nossas origens, isto é, a evolução dos nossos antepassados e as relações entre os homens de todas as épocas, ajudando-nos a entender o nosso tempo e as relações socioeconômicos, históricas, políticas, culturais, filosóficas, antropológicas e religiosas que regem o mundo contemporâneo, como aponta Cícero Do Orador, “a História é a testemunha dos tempos, a luz da verdade, a vida da memória, a mestra da vida, a anunciadora da antiguidade (....), ignorar o que aconteceu antes de termos nascidos equivale a ser sempre criança”.  
Nesse sentido, a nossa comunidade também tem a sua história, na qual, uma pequena povoação que deu origem ao que atualmente é o município de Rafael Godeiro, surgiu a partir de uma propriedade situada às margens do riacho caatinga, quando naquela ocasião, por volta de 1892, foi criada uma comissão de veneração ao Glorioso Santo Antonio dos Pobres, no sítio Várzea da Caatinga, cuja presidência coube a Dona Joana Alexandrina da Silva, até 1923, quando ocorreu o seu falecimento.
A partir daquela data, foram seus substitutos, o Sr. Antonio Tomaz de Paiva e a Sr. Raimunda Mercês da Silva, pelos quais deram continuidade a missão de propagar a devoção a Santo Antonio. Com o falecimento de Dona Raimunda Mercês, sua irmã, Dona Francisca Maria da Conceição uniu-se aos demais membros da comissão e lançaram o sonho de construir uma capela no referido sítio.
Por volta de 1925, a comunidade já apresentava evidentes sinais de crescimento.
Entre 1930/1941, os habitantes do lugar e adjacências se empenharam na elaboração do projeto de construção da Capela, cujo o plano foi entregue ao Pe. Humberto, coadjutor da Paróquia de Patu / RN, como também ao Prefeito daquele município, o Sr. Rafael Godeiro, que de imediato aceitaram o Projeto. Nessa mesma ocasião foram celebradas missas em ação de graças, nas residências dos Srs, José Paulo de Oliveira e Alexandrino Bertoldo, entre outros que habitavam aquele núcleo, no qual transformou-se em Distrito, através da colaboração do então Prefeito de Patu, o Sr. Rafael Godeiro da Silva.
Ainda por volta de 1941, o Sr. Rafael Godeiro da Silva e sua esposa, Dona Maria Lina da Silva, conseguiram através do vigário da Paróquia, Pe. Frederico Pastors, que fosse celebrada uma missa trimestralmente no povoado, com ajuda do Sr. Antonio Tomaz de Paiva, o qual se encarregava na propagação da fé cristã. Nesse mesmo ano, foi empreendida uma grande campanha em prol da construção da capela, onde naquela ocasião foi celebrada uma missão e em seguida foi realizada uma coleta cujo rendimento foi suficiente para comprar tijolos e telhas para a construção.
Vale ressaltar que as missas chegaram a ser celebradas por um certo período, sobre barracas cobertas com palhas de coqueiros, sendo que uma das maiores barracas localizava-se em frente da casa do Sr. Francisco Raimundo, e a outra ao centro, nas proximidades da atual praça da Igreja.
Em 1947, o Sr. José Paulo de Oliveira fez a doação do terreno que constitui o patrimônio de Santo Antônio. O Sr. José Paulo de Oliveira era um jovem solteiro e residia onde atualmente é a residência do Sr. Valdete Mariano. A doação ocorreu pelo fato do Sr. José Paulo não ter herdeiro, e por isso o governo poderia se apossar do bem. Naquela ocasião, ele foi abençoado pelo Bispo Diocesano, Dom João Costa.
Ainda no momento da doação estava presente o Prefeito Patuense, o Sr. Rafael Godeiro. Logo foi lançada a pedra fundamental, onde se erigiu também um cruzeiro no local, pelo qual se construiu a majestosa Igreja do Povoado.
Por volta de 1948, o vigário de Patu, Pe. Agostinho Bohlen, celebrava missas no dia 13 de outubro. No ano seguinte (1949), iniciava-se as celebrações das trezenas de Santo Antonio, encerrando-se com uma missa no dia 13 de Junho. Após essa celebração litúrgica, houve uma festa e um animadíssimo leilão em benefício da construção da igreja.
Em 1950 foi celebrada a primeira missa do Natal no mercado público.
Vale lembrar que o mercado público foi construído entre 1947/1951, tendo início as feiras livres aos domingos, no Distrito de Várzea da Caatinga, que mais tarde foi denominado de Várzea de Santo Antonio, em homenagem ao Santo Padroeiro, por sugestão do Pe. Agostinho Bohlen,
Foram grandes colaboradores na aquisição de donativos para a construção da capela: Antonio Tomaz de Paiva; Francisco Raimundo; Alexandrino Bertoldo; Petronilo Augusto de Paiva e Dona Josefa Teodora de Paiva, a qual promovia o leilão em sua própria residência, no sítio Timbaúba, deste município  e doava  o que arrecadava para a execução do serviço, como por exemplo, em janeiro de 1948, foi celebrada uma missa em sua residência pelo Pe. Agostinho Bohlen, onde na ocasião, pós a Celebração Eucarística houve um leilão, com o objetivo de arrecadar recursos para a construção da Igreja. Outro herói colaborador e considerado um dos fundadores da Igreja de Santo Antonio, foi o Sr. Joaquim de Paiva Menezes, o qual conseguia recursos em prol da construção e era ao mesmo tempo quem efetuava o pagamento aos trabalhadores.
Vale salientar que a obra foi executada pelos pedreiros: Firmino Brilhantes de Alencar e José Bento da Silva, renomados em construção de Igrejas na região.
Em janeiro de 1951 finalmente foi concluída a cobertura da Igreja. Em 23 de fevereiro do mesmo ano (1951) foi celebrada a primeira missa no templo sagrado, pelo Reverendíssimo Pe. Agostinho Bohlen. Naquela ocasião, a comissão executiva e demais fieis estavam presentes.
Inaugurada a igreja, a comunidade passou a contar com Celebração Eucarística, a Celebração da Palavra, as novenas do mês mariano, as Trezenas de Santo Antonio, no mês de junho, os encontros catequéticos, foram criadas as irmandades, como a Liga Mariana que pertencia a Patu – RN e a Associação de Santa Terezinha, as quais já não existem.
É importante salientar que as primeiras missas celebradas na capela, pós ser concluída em 1951, aconteciam diante de uma simplicidade, ou seja, o pavimento interno era bastante rústico, isto é, o piso era composto essencialmente de argila, e as paredes internas e externas também não eram revestidas com argamassa (reboco). Tempos depois, o piso interno ganhou nova forma ao ser revestido com cimento, e da mesma forma as paredes.
Deve-se enfatizar que a dimensão da capela eram bem menor do que a atual, pelo fato de não existir ainda a Sacristia. Por volta de 1964 foi realizada a primeira reforma da capela, ocorrendo naquela ocasião, algumas mudanças, como por exemplo, foi acrescentada a Sacristia, com dois espaços abertos em paredes e piso cimentado, como é atualmente. Nessa mesma época, o piso interno da Igreja foi substituído pelo ladrilho, um mosaico colorido, como é atualmente.
Outra mudança no âmbito da Capela de Santo Antônio, ocorreu em meados dos anos 90, quando na ocasião o antigo forro de gesso foi substituído pelo forro de PVC, entre as administrações dos vigários-Pe. Silvano Schoemberg/Pe. Tarcísio Weber.  
  Vale ressaltar que em 1964 foi realizada a maior festa do Padroeiro Santo Antonio, com barracas no mercado público, intituladas de Rubi e Esmeralda, que dividida ao meio, competiam entre si. Nessa época, o vigário pelo qual celebrava na comunidade, era o Pe. Jacob Shllee, Pároco de Patu.
            Em 1971 foi fundado o Apostolado da Oração Cuja Presidência coube a Srª. Josefa Teodora de Paiva. Nessa época, o vigário que celebrava nesta comunidade era o Pe. José Kruza, Pároco de Patu. Com o falecimento de Dona Josefa Teodora em 1988, a Presidência do Apostolado da Oração passou a Srª Luzia Nascimento de Paiva, a qual faleceu em 2004, deixando o cargo para a Srª Maria Eurides de Paiva Brasil, pela qual assume atualmente.Em 1981 foi fundada o Presidium Arca da Aliança da Legião de Maria, sob a Presidência da Srª. Rosa Amélia de Paiva e Maria Eurides. Vale lembrar que a expressão Presidium, em latim tem o sentido de Legião (aglomeração), cuja nomenclatura foi inspirada nas tropas do antigo Exército Romano.Na época da fundação da Legião de Maria, a comunidade era atendida pelo Pe. Silvano Schoemberg, Pároco de Patu, recém chegado a paróquia.Atualmente encontra-se a frente da Coordenação da Legião de Maria, as Sras. Rita Maria Paiva / Constância Inês, no desempenho das atividades, quanto aos movimentos e serviços da igreja. É importante lembrar que no período de 1981/1982, ocorreu um pequeno desentendimento entre o vigário de Patu, Pe. Silvano Schoemberg e um propagador da fé Cristã desta comunidade, o Senhor, seu Alexandrino Bertoldo, em relação a retirada do altar antigo da Capela de Santo Antônio.    
           O fato é que, naquele período, o padre Silvano estava destruindo o altar antigo da capela, para ser colocado outro mais moderno no atual local, quando naquela ocasião, seu Alexandrino Bertoldo, o qual residia frente a Igreja, percebendo o que estava acontecendo, aproximou-se do local Sagrado e insistentemente falou ao padre que o mesmo não ousar-se de forma alguma retirar o altar, por motivo do mesmo representar para toda a comunidade de Várzea da Caatinga, um marco simbolicamente histórico e religioso no seio dos nossos Cristãos. Nesse intuito, os mesmos discutiram bastante, mas o vigário insistiu dizendo que iria retirar o altar antigo e pôr outro mais moderno em seu lugar, como de fato aconteceu. Em 18 de setembro de 1997, foi fundado um grupo de Adoração ao Santíssimo, tendo como Presidente o eterno Sr. Raimundo Capitulino. Nesse meio período os vigários, Pe. Tarcísio Weber e Pe. Carlos de Azevedo celebravam na comunidade.  Atualmente as Sras. Maria de Lourdes Paiva e Deuzimar José Teixeira se encarregam das atividades. 
      Entre os fatos marcantes da comunidade, quanto ao aspecto religioso, destacaram-se as ordenações Presbiteriais de Antonio Araujo de Oliveira Neto, em 19 de junho de 1994; Paulo Paiva Brasil, em 08 de junho de 1996 e João Crisóstomo de Paiva em 16 de fevereiro de 2002. Também existe duas irmãs nas famílias: irmã Fernanda / Irmã Assunção, e o Diácono Petronilo de Paiva.  
           Entretanto, é preciso lembrar também que o município conta atualmente com outras manifestações religiosas além da Igreja Católica, as quais fazem parte da vertente do Cristianimos (Pentecostalimo), como por exemplo: Assembleia de Deus; Igreja de Cristo e Casa de Oração para todos os povos.       

6. BREVE ENFOQUE POLÍTICO
                          
             O caminhar histórico e político em torno desta terra de secular história, é marcado por constantes lutas de um povo envolvido no processo social e emancipatório, em nome dos ideais de libertação da nossa cidadania.
           A partir de 1954, vários Distritos foram desmembrados do município de Patu, como por exemplo, os Distritos de Almino Afonso, Olho D`água do Borges, Messias Targino e Várzea da Caatinga, diante da expansão da criação de novos municípios no Estado Norterriograndense, pelos quais, aos poucos foram conquistando sua autonomia, pelo visto das proposições da Assembleia Legislativa e por via da lei do Governo do Estado. 
               Com essa perspectiva ,antes de 1963, o distrito de Várzea da Caatinga esteve subordinado a Patu, politicamente e Almino Afonso, Juridicamente.
Entretanto, através de um projeto apresentado na Assembléia Legislativa pelo Deputado Estadual Dr. Aderson Dutra, de Patu, o Distrito de Várzea da Caatinga, passou a ser município, por via da lei nº 3.001/63, em 19 de dezembro de 1963, sendo portanto criado com a denominação de Várzea da Caatinga, e a lei foi sancionada pelo Governador, Dr. Aluizio Alves, tendo sido o seu primeiro Prefeito, o Sr. Luiz Elias de Oliveira, nomeado interinamente por ato do governador, para o exercício entre 1964/1965. A instalação do município ocorreu poucos meses, pós a sua emancipação, ou seja,em 15 de abril de 1964.
            Depois, por outro Projeto do mesmo Deputado, foi mudada esta denominação para município de Rafael Godeiro, em 1967, em homenagem ao prefeito Patuense, o Sr. Rafael Godeiro, o qual criou o Distrito, porém a lei não foi citada o número, mas foi sancionada na gestão do Governador, Mons. Walfredo Gurgel (1966-1971).
Como Distrito, foi desmembrado de Patu, como município foi desmembrado de Almino Afonso.
            Vale salientar que o primeiro Prefeito eleito pelo voto Popular, foi o Sr. Pedro de Paiva, para o mandato de (1965-1970), não tendo concluído, no qual foi substituído pelo Sr. Gonçalo Paulo de Oliveira.
            Nesse sentido, devemos considerar também as notáveis contribuições por parte do Prof. Joaquim de Paiva Menezes, filho desta terra, o qual lutou bastante pela criação do seu povoado, como também pela emancipação do município. Como chefe político pela UDN, a convite do prefeito de Patu/RN, na época, foi vereador por aquele município.
A lei que regulamenta a criação da bandeira e do Brasão de Armas do município de Rafael Godeiro é a Lei nº 161, de 5 de dezembro de 1988, na gestão do prefeito, o Sr. Severino Lopes dos Reis.
            No dia 2 de abril de 1990 foi promulgada a Lei Orgânica do Município, elaborada pela Câmara Municipal, a qual constitui-se de 5 títulos e 189 artigos.